Pular navegação

Caminho iluminado, holofotes ou só um feixe de luz?

A minha menina não gosta de brilhar, mas tem brilho próprio, fala sussurrando e dita leis, tem o dom de ouvir mas é sempre a porta-voz.

Toda vez que ela sente medo das pessoas, ela se faz lembrar que ele só vai durar até que ela se permita conhecer, descobrir e desvendar. Por isso, quando a encontrar na rua vaga, e ver um pequeno livro de capa dura, não se assuste, ela se desmanchará em seus braços e vai fazer florescer os seus sorrisos.

A todos que a querem bem, ela se faz estranhamente assim, uma humilde luz de imenso alcance.

Bia Barros

Vou-lhes contar o que acontece quando não se sabe identificar uma paixão. Vamos começar pela problemática do tema: O que é paixão mesmo? Começamos e terminaremos com essa mesma questão. Não se sabe ao exato o que define uma paixão, você nunca sabe onde ela se incia, como e nem quando. Só a identificamos quando ela já nos tomou por inteiro. Pra isso existe uma vacina e um antídoto. A primeira é não se envolva,  não se relacione, nada de “vamos nos conhecer”,  não dá certo. Só porque controlamos braços, pernas e cabeça, não quer dizer que estamos no controle total. Tem algo que vai falar mais alto que você. E depois que preso na armadilha, vamos ao antídoto. Nesse caso é necessário mais do que autocontrole, é preciso coragem, paciência e frieza. Ninguém nunca nos disse que pra ser forte temos que passar por cima do que sentimos, e se você não quer sentir coisas piores depois, é melhor remediar deste então. Quanta amargura!

 

Bia Barros

É bem provável que você faça uma imagem de mulher delicada, frágil e virginal dessa mulher. Bom, não é bem assim. Na realidade, não é nada assim. As virginianas fazem coisas que nós nunca esperaríamos que elas fizessem. Não é que elas sejam imprevisiveis. Elas agem naturalmente, você é que enxerga errado.
É realmente de ficar de queixo caído com a capacidade das virginianas de ser absolutamente o oposto do que a sua aparência indica. Ela é capaz de enfrentar sozinha um mundo hostil, desbravar o último pedaço virgem da amazonia e procurar pela última espécie de arara azul só para provar que elas ainda existem. Elas parecem porcelana, mas a espinha é de titânio.
Eis o seguinte. A mulher de virgem tem uma visão clássica do amor. E ela é tão pura quanto as águas que nascem nos alpes suíços. Portanto se os olhos dela enxergarem em você imperfeições que batalham com um amor sem falhas que ela acredita ter conhecido ontem, ela não vai hesitar em romper laços antigos. E quando a virginiana termina um relacionamento, o que é fatalmente doloroso, não vê porque amenizar seu corte cirúrgico com anestésicos. Dor dói, não importa o quanto. E o seu conceito de relacionamento é mais coerente e irrefutável do que qualquer documento legal. Ela sabe ser mortalmente prática e divinamente romântica, ao mesmo tempo.
Quando marcar um encontro com a sua amada virginiana, tome o cuidado de não se atrasar. Elas são as discipulas da organização, eficiencia e pontualidade. Não se atrase a menos que queira estragar as coisas. Elas não vão fazer estardalhaço e muito barulho. Mas as virginianas sabem ser beeeeem desagradáveis. Dou a solução: colha algo da natureza para presentea-la, admita o erro e não discuta mais. Você não pode vence-la. Espere. Espere. Espere. Pronto, ela está ótima de novo e nem importa quem venceu.
Treine em casa algumas palavras antes de lidar com virginianas que prezam por uma boa gramática. Não seje, nem menas e nada pra mim dizer. É fundamental. Esteja bem aprensentado, cabelo e barba no lugar, todo trabalhado na impecabilidade. O senso dela de limpeza e organização transita em todos os lugares, inclusive em você.
Não a atormente apertando-a por ai, não fique de beijos demais, não faça espetáculos. Com a virginiana é devagar, graciosamente e com charme. Uma vez que você a tenha, elas serão fiéis assim como são leais a sua idéia de amor e relacionamento. Se ouvir de alguma virginiana que ela traiu alguém, é muito provável que tenha durado muito pouco e aconteceu apenas para ela provar algo para si mesma. Se elas cometem deslizes, sabem enconbri-lo com maestria.
Mas apesar da meticulosidade aborrecida, da chatisse dos dias de chatisse e de seu poder de criticar sem medo, o que você faria sem essa virginiana, né verdade? Há algo de louvável em sua precisão e exigencias. Inegavelmente te faz alguém melhor. O jeito tímido e olhos convictos reservam uma inteligencia encatadora impossivel de resistir, principalmente depois que ela esboça um sorriso e, de repente, parece que ela não é nada mais que nada.
Mas para alguém que ama esta espécie e, principalmente, sente a mão dela em sua própria vida… ela é tudo.
Sutilmente indispensável.

Foi passado algum tempo que se percebe que falta muita coisa, e também sobra muitos desejos. Destes desejos feitos por objetivos, nada mudou, porém tudo que era falta já não é o mesmo. Quando o olhar vai além e não se pode mais enxergar o passado, e cada dia há novas descobertas, e cada dia há um novo ‘ser’ e cada dia deixa de ser por você.

 

Estar confortavelmente presa a coisas que não evoluem, fez ao menos surgir um ponto de partida, o que trouxe a razão. A razão de ter algo seu, de se fazer seu, de dizer que é seu, e principalmente de sentir que é seu. Essa é a mais nova falta que faz. E nem se quer pode- se dizer que é um desejo, quando se sente mais falta do que desejo.

Bia Barros   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foi um belo fim. E o que acontece entre o fim e o novo começo?

Um grande vazio! É nisso que se resume os pensamentos, os sentimentos, e todas as palavras ditas, mas sem sentido real.

Ninguém quer ver só o que quer enxergar, ou pelo menos quer ver além do que pode, além do que sente e mais ainda, além de você.

Não precisa-se de mais fantasias incompreensíveis, essa mente trabalha 24 horas no mundo paralelo.

Então faça real, dê algo de carne e osso, de verdade e com verdade nas palavras e muito desejo no olhar.

E quando souberes onde deixaste o coração, não hesite, todos precisamos de ajuda.

Bia Barros

Heart:

This is just unfair! Why do I get all the blame when it comes to love?

Don´t they know I just pump the blood and make ir circulate around the body?


Brain, you´re responsible for people´s feelings and emotions! Not me!


Brain:

At least you get that recognition.

It hurts when people choose between us and choose you over me.


They don´t know that what you feel is just what I dictate.


Realmente cheguei ao meu limite de ser tudo e não ser nada pra ninguém. Preciso dar um tempo de toda essa loucura. Cercada por tanta insanidade de uma mente pensante. Meu corpo pede um pouco mais de alma.


Muito notável todo esse apelo.


Agora apresento-lhes os fundamentos:


Gosto quando a loucura está próxima de mim, ou até mesmo quando ela faz parte de mim.

Bia Barros

Me dê. Quero sasciar algo que arda até eu perder os meus sentidos.

Não esqueça da música. De preferência a mais massante e pesada que o seu heavy metal ainda não conheceu.

Tudo de mais macabro será pouco. E não se atreva a procurar pelo funeral. Não costumo celebrar perdas.

Depois de se despir da máscara. No completo nudismo, de alma entregue, se entregue mais, se dê além.

Dramaticamente falando, não será o bastante. Foi-se o bastando quando não quisera, e seria caso eu não precisasse.

De mim terás tudo que todos têm, e nada do que ninguém receberá.

Bia Barros


Quem vos fala? Eu. Maia.

Estava a me confessar com o meu eterno diário, buscando respostas para as minhas complexas indagações.

Foi mais simples do que imaginei chegar a esssa conclusão. Sou ‘Semeadora’. Um belo vocábulo, o qual, nem eu mesmo havia compreendido até o momento que me definiste.

Maia, no caso eu, sou a dona das palavras, ou elas se apoderam de mim, e a todo momento que escute, eu ouço, e se for pra entender, prefiro a compreensão, e quando concluo, faz de mim a ‘Sra. Justicativa’.

É então que tu me perguntas, o que semeaste? Idéias, explicações, motivos, hipóteses e exemplos, muito além de uma razão. É. Exatamente isso! Quando semeio, distribuo partes de mim ou elas se fazem por conta própria.

O fato é que eu não me preocupo em regá-las, deixo-as… ao “Até logo!” Muitas não brotam e hoje já são sementes secas, enquanto as outras poucas me presenteiam, elas me reconhecem, pois levam o meu DNA.

Como um bom diário, o meu permaneceu mudo, apesar de que eu senti a sua inquietação. Era de se esperar. Deveria aposentá-lo. Porém eu gosto quando eu falo que estou triste e ele me retribui com o seu olhar sincero, e toda sua atenção plena no silêncio escandaloso. Depois só me resta encostar a minha cabeça na vastidão de seu colo.

Bia Barros

Foi assim que conheci o impossível. Tão dolorido quanto insolucionável.

Foram as portas postas como saidas que enganaram a esperança com a assombrosa solidão. É assim que a impossibilidade impera, negando uma vontade e impedindo um desejo.

Quando se é real, não se pode ser plantônico, portanto o impossível torna-se parte da irrealidade criada dentro da fantasia do real.

E te enganaste novamente quando viste o ideal dentro do impossível, quando nem mesmo ele te enxerga definitivamente. Foi assim sem forma e nem rodeios que ficaste claro pra mim, se as suas pouco prováveis  impossibilidades são reais, então não são tão impossíveis assim.

Bia Barros